Dica de série: Jessica Jones.

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"Desde que sua curta jornada como super-heroína terminou em tragédia, Jessica Jones (Krysten Ritter) tem reconstruído sua vida pessoal e carreira como uma detetive particular em Hell's Kitchen. Atormentada por autodepreciação e um forte caso de estresse pós-traumático, Jessica luta contra demônios que vem de dentro de si e os de fora, usando suas habilidades para aqueles que precisam. Principalmente se eles estão dispostos a pagar a conta."

Apesar de faltar espaço na lista de séries que estou enrolando já faz algum tempo, recentemente ouvi uma enxurrada de elogios partindo de todos os lados em relação a uma das mais novas produções da Netflix: Jessica Jones. 

Com a curiosidade aguçada, resolvi abrir espaço na minha confusão de episódios não assistidos e tendo em mente conferir o pilot acabei recitando a bendita frase "Só mais um episódio", quando fui dar conta o sol estava nascendo.

"Uau" talvez seja uma expressão correta para descrever Jessica Jones, não pelos efeitos especiais ou algo do tipo, mas pelo roteiro inovador que evidencia uma história que foge dos padrões do que é popularmente exibido. Uma mulher no papel principal, uma narrativa que trata sobre o abuso e o stress pós-traumático, algo que sai do óbvio das histórias em quadrinho.

Apesar dos super poderes, uma força extrema e a habilidade de "quase voar", a personagem não resguarda o protótipo de super herói bem resolvido e confiante. Jéssica se tornou uma mulher cínica, traumatizada, além de ter problemas com o alcoolismo. 

O grande problema enfrentado pela personagem, é seu encontro com o inescrupuloso Killgrave que abusa de suas habilidades de controlar a mente. Um homem que tem tudo o que quer, sem respeitar os limites e agindo pela concepção de que suas ações são sempre certas, submetendo seus alvos a auto culpa.  

Jéssica é apenas mais uma de suas vítimas e ao desenvolver da série, nos conectamos com a vivência que demonstra o lado muito pouco relatado em casos de abuso, o "depois". Como a vítima se reergue, o desafio de cada dia e a maneira com que tenta lidar com o acontecido. Jones sofre muito mais do que o abuso físico, o abuso mental também entre pauta. 

Jessica Jones é uma obra que retrata a crescente busca pela não violência contra a mulher, mas trazendo o assunto em forma de uma personagem forte, longe dos protótipos de fragilidade, uma mulher que diferente de seu algoz não tem tudo de mãos beijadas, mas luta pelo o que quer, construindo seus dias e reconstruindo sua vida.

É certamente uma série que merece quarenta minutos do seu dia!





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